Você trava na hora de vender?

Imagem de um copo de café estilo americano, um copo e uma mini jarra

O medo da exposição tem muitas nuances. Falar pode ser difícil. Apresentar trabalhos e resultados em reuniões pode ser difícil. Apenas aparecer, permitir-se ser visto, pode ser inacreditavelmente difícil. Divulgar o trabalho na internet, então, nem se fala. Para muitas pessoas, é o ápice do medo da exposição.

Quando o assunto é divulgar o próprio trabalho, ainda está embutido o momento em que você terá que comunicar às pessoas que entregará algo e cobrará por isso. A comunicação das vendas, que era para ser vista como parte do processo, acaba virando um monstro assustador, fazendo com que muita gente (que tem bons produtos e serviços) nem se aproxime da tal divulgação. 

Eu entendo. Para mim também foi uma das partes mais difíceis. Eu tinha muito bloqueios em relação a vender – e muitas crenças que não me ajudavam a avançar, mas me deixavam longe de fazer minha mensagem crescer e circular. Se você acha que as postagens que faz podem incomodar os outros e que tem gente melhor para falar sobre o que você falaria, imagina dizer que você tem um produto ou serviço para vender.

Num dia desses, conversando com meu pai, ouvi dele algo que jogou uma pá de cal no resto das questões que eu tinha quanto a oferecer o meu produto. “Filha” – ele falou, “vender é sobre cumprir o que você diz. Se você prometeu um pão gostoso, entregue um pão gostoso”. Nesse momento, ouvi minhas fichas terminando de cair. É exatamente isso: nada mais, nada menos, diga que valor você tem em mãos e entregue o que disse que entregaria. 

Esse insight é importante porque o Vida Sem Vergonha é, sobretudo, sobre valor. Não ter segurança para mostrar seu trabalho e vendê-lo, é ter dúvidas em relação ao valor do que tem para oferecer, e, sobretudo, do seu próprio valor. 

Por isso, para destravar na hora de vender, você precisa olhar para você e saber por que você é uma boa pessoa para fazer o que diz que faz. Isso não é arrogância. Isso é uma constatação. Você não tem que falar que é bom nisso ou que é um bom profissional para este serviço, mas, internamente, você precisa estar com contato com essa percepção. O que você acha de si mesmo? Lá no fundo, você acha que é um bom profissional, que entrega algo valioso ao outro?

Quando temos travas, bloqueios, auto-estima baixa, zero noção das nossas habilidades e capacidade, ter noção do nosso valor e do valor que oferecemos não é lá uma tarefa muito simples para ser feita sozinho. Por essa razão eu entendo quando as pessoas me procuram travadas, inseguras, sem confiança em si mesmas. Elas ainda não conseguem ver valor. Mas, felizmente, eu vejo – o meu e o delas.

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